Brasil na contramão: consumo de vinhos cresce em meio à queda global

País ocupa o segundo lugar mundial em crescimento de consumo entre 2022 e 2023

Enquanto o consumo global de vinhos atinge o menor nível em mais de 60 anos, o Brasil segue trajetória inversa. Segundo dados divulgados recentemente pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o país registrou um crescimento de 11,6% no consumo da bebida entre 2022 e 2023, ficando atrás apenas da Romênia no ranking mundial.

Um novo comportamento de consumo

O aumento é reflexo de mudanças culturais, fortalecimento da produção nacional e maior inclusão do vinho no cotidiano de diferentes perfis de consumidores brasileiros. A bebida, antes associada a ocasiões especiais, passou a ser consumida também em ambientes informais e cotidianos, como almoços em casa, happy hours e encontros descontraídos.

O crescimento da oferta de rótulos nacionais com boa relação qualidade-preço e a ampliação de canais de distribuição também contribuíram para esse movimento.

Na contramão da tendência global

De acordo com a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o consumo global de vinho caiu para 214 milhões de hectolitros em 2024, menor volume desde 1961. A retração é atribuída à inflação, à alta de preços, ao envelhecimento populacional em países consumidores tradicionais e à mudança de hábitos das novas gerações.

No entanto, países como o Brasil, onde a cultura do vinho ainda está em expansão, vêm demonstrando resiliência e adaptação, abrindo novas oportunidades para o setor vitivinícola.

Esta matéria é publicada pela Foster Wine com caráter editorial, com base em dados oficiais da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e reportagens especializadas. As informações foram validadas em maio de 2025.