Vinhos nacionais sobem até 10% em 2025: entenda o que está por trás do aumento

Reajuste acompanha alta nos custos de produção e reflete desafios do setor no cenário inflacionário

O ano de 2025 começou com um reajuste médio de 5,79% a 10% no preço dos vinhos brasileiros, conforme levantamento da FGV/Ibre e relatos de produtores do Sul do país. A elevação reflete o aumento nos custos de insumos agrícolas e industriais, como garrafas, rolhas, energia e combustíveis.

Segundo vinícolas como a Lidio Carraro, os produtores têm feito esforços para conter os repasses, mas a alta na carga tributária e na logística afetou diretamente a precificação no varejo e nos canais diretos.

Custos, valor percebido e mercado competitivo

O desafio não está apenas no reajuste, mas na forma como o vinho nacional é percebido em relação aos rótulos importados, que também sofreram aumentos de até 20%, puxados pelo câmbio.

Especialistas do setor alertam que, para além do preço, é essencial reforçar a percepção de valor do vinho brasileiro. Isso exige comunicação estratégica, experiências consistentes e um posicionamento que traduza qualidade, originalidade e território.

Oportunidades e reposicionamento

Mesmo em um cenário de inflação, o mercado interno mostra resiliência com o crescimento do enoturismo, eventos temáticos e a expansão da presença digital das vinícolas. O aumento nos preços pode representar uma oportunidade de reposicionamento, não apenas como ajuste de custo, mas como reconhecimento de uma produção qualificada, profissional e com identidade brasileira.

Esta matéria é publicada pela Foster Wine com caráter editorial e informativo, com base em dados da FGV/Ibre, produtores do setor e veículos especializados.